terça-feira, 22 de março de 2011

Carne Crua

Eu....Talvez não...talvez seja a parte fraca de mim...
Incapaz...De o ser e de afirmar....Sinto
Eu...Sem saber se o mereço....a incerteza de qual razão para tal...
Fico quieto sem ser eu mesmo, sem percorrer os caminhos que traçara e pudera alcançar em tempos outrora...Fugaz e Voz rouca que não é capaz de soltar o grito que prende minhas cordas vocais, nelas caio e toda a corda é tanta que acabo por não me salvar somente meu próprio eu, pois todas as minhas emoções são momentâneas, extremas e longas assim as minhas cordas vocais as são...Agora? Parei...não olhei...Bati...Levantei , e pelos meus pés caminho puxando sempre uma corda que não parece terminar. Qual a maldição que se avizinha no próximo iniciar de dias?....Fechar-me a chaves?..não, pois irei soltar toda a minha voz, pois cair não é meu absorver de ideais....
Superficial a todo meu eu apenas consegue ser a escuridão, do qual a suporto mas quando meus olhos fecham nada é igual quando os abro....Pensamentos cruéis rondam por vezes um pensamento mais fraco e deixam que a carne sofra pela capacidade que próprio tenho de pensamento de dizer um não....
Talvez não sejas eu capaz de sentir um querer único espontâneo e admitir que não confiarei em mim mesmo sendo um único modo de suportar o meu amar de uma vida, alma que não me deixa só e que minhas cordas a amordaçam sem eu próprio saber qual o significado de tanto, de tanto querer, amar, suportar, não serei eu o perfeito para alguém pois meu defeito será segredo meu e sentir ninguém o sentiu e ver ninguém o viu....
Igual somos todos nós diferenças todos conseguimos diferenciar, não existe ninguém igual ao segredo meu mesmo que por vezes apareça e que não vejamos, pois escuro está e meu aproximar não certo culpará tua vida....
Alma da minha vida serei eu teu, merecer de um esforço, afecto teu desvaneça meu pulsar, agarrando-te numa corda infinita em que grito por um ombro teu, a carne não será culpada apenas o gesto e pensamento...
Carne que magoa....Carne Crua provido de pensamento..
Porque te deram um corpo?
Serás tu justo de tal merecer?

segunda-feira, 21 de março de 2011

O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...