segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Selfish

Irreal,
Egoísta 
As decisões que eu tomo
Mas tenho que tomá-las eu mesmo
Os caminhos que sigo
Nem sempre são os recomendados
Mas os atalhos as vezes são necessários...

Egoísta 
Posso andar sempre correndo
E te deixo á espera
E se nunca sei pra onde vou
Por que adoro improvisar na hora


Olhas-me de lado e queres aplicar regras?

Elas não se aplicam a mim
Egoísta 
Enquanto todos forem iguais
Eu sou assim, opositor

Egoísta 
E aqui dentro faz muito calor
Alguém tem que fugir para a chuva
E não fugir da chuva

Ás vezes tarde da noite
Penso o que fiz?
E sem me arrepender de nada

Egoísta 
Sempre terá uma outra chance de ser...

Nem sempre escolho o que é melhor pra mim
Mas sempre faço o que estou afim de fazer
Não importa se é certo ou errado
Mas fiz...

Não quero perder a razão

Para ganhar
Nem para perder 

Egoísta 
Pelo meu orgulho
Se para isso terei que sofrer
ou andar sem direcção
Não me importa...

Egoísta 
O importante é não ser igual...
Se não conseguir vou ter histórias
De loucuras, erros....

Mas vivi por mim...
Egoísta...és tu...porque pensas nos outros...

Uma noite só

A vosso lado...
Atravesso a rua o mais clandestina dos sentimentos,
desliza em passadas comprometidas
com olhos rasgados de quem possui todas as observações,
vem o vento de silêncio que lhe sopra a calma
e esgueira-se pelas varandas e ouço vozes onde elas nem sequer são presença,
contorna as nódoas de luz pelo chão.
Acende um cigarro,
continua andar,
e corro até ao próximo beco
cheio de histórias e garrafas secas.
Faltam vinte minutos para as quatro da madrugada
falta meio respirar para a noite ser mais noite
e cobrir a cidade de luzes,
as estátuas mais verdes bebem dos sonhos
melancolia de uma noite,
e vocês?
continuam aqui,
escondidos nos arbustos á espera do orvalho matinal,
cabeça pesada de falta de força,
vejo-a disfarçada de poça de água,
eu sei que ela lá está,
ditam-se algumas palavras,
e respira-se a paciência.
Atravesso a rua em jeito de ser empurrado ,
afasto os meus olhos para o chão,
e apercebo-me de toda uma vida.
apesar de feridas..sentidas,
vocês, estão cá,
brindem...
continuarei a brindar...
a cada noite , a ansiedade por outra...
brindem...